segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Restaurante Bar Buenos Aires

Começou o feriado longo de 12 de outubro e para comemorar meu esposo e eu decidimos ir para Embu Das Artes.
 Saímos da cidade perto da 1:30 da tarde e tinha muito trânsito na Francisco Morato. Começou chover e quase voltamos, mais já que estávamos no carro continuamos a aventura. Chegando a Embu, bateu uma fominha. Acho que o meu esposo também estava com fome, mais nenhum de nós queria começar a conversa... sobre tudo porque no dia anterior tínhamos saído para beber uns vinhos e já tínhamos gastado a quota de dinhiro para saídas de final de semana.
Quando não deu mais para pretender que estávamos com fome, eu falei para ele: olha esposo, vamos almoçar aqui mesmo? Eu te convido. Ele aceitou o convite com gosto... Só que já eram 3 horas da tarde, não sabíamos onde almoçar e, nem tínhamos referência de algum restaurante que fosse bom, bonito e barato.
Assim da nada, apareceu um lugar chamado “Restaurante, Bar, Buenos Aires”.  Meu esposo e eu nos olhamos e pelo olhar entendi que nos dois tínhamos feito a mesma escolha. Entramos num lugar lindo, simples mais com muita elegância, com decoração rústica. Respirava-se um ambiente de paz e tranqüilidade no lugar. Ao entrar senti que entrava num lugar conhecido e aconchegante. Atendeu-nos com extrema amabilidade uma senhora com sotaque argentino. Ela nos recomendou o que comer e acertou cada prato.
Para começar pedimos o vinho mais barato da casa, pois se o mais barato é bom, vocês poderão imaginar como é o mais caro. O vinho chamava-se “ Vinho Lacrado 2006 da Casa Bianchi I.P. Mendoza - Argentina“, a garrafa de 750ml custava R$35. Tinha um sabor muito diferente do que eu já tinha experimentado antes, pois era a mistura de três tipos de uvas: Malbec, Cabernet e Merlot. Achei que era muito vinho para beber num almoço, mais como vocês irão ler no final deste artigo, a comida estava tão boa que acabamos bebendo tudo. O restaurante deixa você levar a garrafa caso não beba toda.
Para comer, pedimos duas empanadas argentinas: uma de queijo roquefort e uma de carne. Meu esposo e eu comemos a metade de cada empanada. A massa da empanada era sensacional, daquela massa que derreta na boca, massa fresca recém feita.  A mistura desta massa nem salgada nem doce, simplesmente perfeita junto com o sabor do queijo roquefort e com o preparo de carne foi uma sensação que não da para descrever. Fiquei tentada de pedir mais, porém sabia que devia deixar espaço para as delícias culinárias que estavam por chegar à mesa. Logo depois, chegou o “Chorizo” com molho de “Chimichurri” e pão.  O Chorizo não era comum, quando o cortamos pela metade, percebemos que ele não tinha gordura dentro, era pura carne bovina e suína. Fiquei muito curiosa e primeiro o experimentei sem Chimichurri: o sabor ficou gravado na minha boca. Agora que estou escrevendo sinto como se estivesse comendo o Chorizo neste instante. O sabor era único, se sentia o sabor da carne bem temperada e suficientemente salgada. Logo depois coloquei o chimicurri e me transportei na minha época de criança quando um amigo do meu pai, espanhol, nos convidava comer churrasco na cassa dele onde ser servia o chorizo feito por ele mesmo. Depois falando com o dono do restaurante fiquei surpreendida quando nos falou que ele compra os Chorizos de um amigo espanhol que faz... será o amigo do meu pai? Não, não acredito.  Meu esposo e eu estávamos extasiados com os novos sabores que estávamos experimentando. Para aquele momento apenas ficava meia garrafa de vinho.
Olhei para a churrasqueira e vi um senhor alto, com aparência argentina sem dúvida, cozinhando cada peça de carne como se fosse única, como um pintor pintando um quadro.  Ele irradiava uma energia especial. Na hora de pedir a carne escolhemos o meio “Bife de Chorizo” para compartilhar. Esse era o momento desafiador: nem eu nem o meu esposo gostamos de comer carne com sangue, então quando fizemos o pedido “muito bem passada” a senhora que nos atendeu quase infarto. Ai ela falou para nós: Temos que negociar. Ela recomendou comer ao ponto. Nós não tivemos opção. O senhor da churrasqueira trouxe a carne. Cortamos a porção e saiu um pouco de sangue, mais a coloração indicava que a carne estava muito bem cozinhada. No momentoque coloquei um pouco da carne na minha boca, senti como ela se derretia, uma carne muito suave de comer, o tempero era muito delicado, nem pouco nem muito sal, apenas perfeito. Essa foi, sem dúvida alguma, a melhor carne que eu já comi no Brasil. O preparo da carne com tanta dedicação e cuidado fez toda a diferencia.  A Carne foi acompanhada por uma salada apenas composta por vários tipos de alface, que segundo o dono são cultivados por eles mesmos. O especial foi que a senhora que nos estava atendendo trouxe várias garrafinhas super fofas com diversos tipos de vinagres caseiros preparados por eles: Tâmaras, Figo verde, Figo, Goiaba e Abacaxi. Todos estavam uma delicia. Experimentamos todos os sabores y até nos traíram mais folhas para continuar experimentando todos os vinagres. Ao final compramos duas garrafinhas de vinagre: Uma de Tâmaras e outra de Figo verde.
Depois desta comida toda, de todos os sabores, aroma, cores nos pratos, e da tantas atenções, tinha que saber o que eles tinham como sobremesa. Saiu da cozinha uma moça vestida de "chef", com cara de muita felicidade. Nesse momento entendi o porquê do sabor da comida. Ela escutou a nossa conversa sobre a sobremesa e falou para nós: “Alfajor”... Nossa! Acho que meu olho brilhou, não precisei nem pedir, pois eles já estavam trazendo para nós um incrível alfajor caseiro de maisena: Como posso falar daquele doce? ... Tem que ir até o restaurante e experimentar vocês mesmos, pois mesmo que eu tente não vou conseguir falar direito.
Pagamos uma conta de R$ 136, e a cambio recebemos o valor incalculável de comida de alta qualidade feita com imensurável amor e paixão, excelente serviço e a amizade dos donos.
Apenas queria dizer que na saída peguei um folheto do restaurante onde falava assim “Buenos Aires gastronomia”... “Aqui se esconde uma das maiores surpresas de Embu”... Olhei para os donos e falei para eles, vocês estão certos!
Amigos, recomendo muito este restaurante. Desejo que experimentem os sabores e a comida que este pessoal que cozinha com muita paixão. Segue o site para quem tiver interesse de conhecé-lo: http://www.restaurantebarbuenosaires.com.br/

O inicio da viagem....

Neste blog quero escrever sobre os lugares que visito, compro coisas diferentes, comidas e bebidas que experimento y sobre as pessoas que me atendem. Quero expressar as minha vivencias na Cidade e no Estado de São Paulo falando um pouco sobre as coisas diferentes que olho e vejo, os novos sons, os novos sabores, cheiros diferentes e texturas diferentes. São Paulo é um lugar para perceber e viver cada experiência com os 5 sentidos e sobre isso vou falar aqui neste Blog. Que compartilhar e dar dicas para que as pessoas também experimentem o que eu vivencio na cidade. Lembre-se isto é um relato na minha viagem e uma janela ao meu olha gringo sobre a cidade e as coisas que da para vivenciar nela. Bem vindo e que a leitura seja proveitosa e divertida.